quarta-feira, 23 de março de 2011
domingo, 20 de março de 2011
o céu de ícaro tem mais poesia que o de galileu.
E no sábado em que comemoramos o Purim - feriado judeu - comemoramos também um dos pôres do sol mais belos, a maior lua desde 1983 e o fato de estarmos juntos numa colina na Costa Rica. Foi mágico, inesquecível e qualquer tentativa de definir em palavras seria vã... acreditem, eu tentei. Algumas coisas, porém, simplesmente se acercam demais da perfeição para serem registrada graficamente, seja por fotos ou palavras.
quarta-feira, 16 de março de 2011
de zero a amor num piscar de olhos.
Que mesmo num dos momentos mais importantes da minha vida acadêmica me pego sonhando acordada ou escrevendo para você. Escrevendo você. Descrevendo-lhe em cada mínimo detalhe que minha má memória me permitiu guardar... Acabando por publicar em lugares indevidos as minúcias de nós dois.
O problema é um só: meu coração não para quieto um segundo que seja. Acelera, acelera, não atinge por pouco a velocidade da luz. Se debate dentro de mim até quase me abrir o peito e deixar-me assim, sem proteção. E eu, pobre de mim!, que posso fazer com um coração tão abobado?
Nada faço, nada farei. Deixo-lhe assim, sem tranca, arriscando nocivamente que um aventureiro tome posse dele e faça de mim cativa de seus caprichos. E assim caminho, dando pedacinhos de coração a quem me encante, sonhando em horas inapropriadas e alimentando-me de paixão. Vivo assim, dando amor até que baste, me afogando em desejo e morrendo de sede no deserto da desilusão.
(Escrito ao som de Zero to Love.)
terça-feira, 15 de março de 2011
sábado, 12 de março de 2011
gotta gotta be down because I want it all.
Desobedecendo os conselhos do pai, preocupado pelo perigo de tsunami, fui à praia neste sábado. Era uma viagem programada pela coordenadora da residência, que se certificou que seria seguro ir a essa praia específica.
E aí fomos, não todas, mas 16 meninas de El Coco, duas de Hermosa. Destino? Playa Doña Ana, no litoral Pacífico da Costa Rica, 2 horas daqui de Santa Ana. Não foi a praia mais bela que já visitei, mas foi exatamente o que precisava nestes momentos pré-mocks.
Oh, acho que nunca lhes expliquei que são mocks. Bom, neste sistema educacional divino que tenho estudado, não há recuperação nem dá pra repetir de ano. No fim dos dois anos de curso há provas que valem a maior parte da nota final - e se adicionam às notas das avaliações internas etc. Imagina a pressão... Então, para que cheguemos preparados (ou quase isso) a estas provas, temos umas "de mentirinha". As minhas começam na próxima terça.
Porém, este post não é sobre mocks ou vida acadêmica. É pra contar-lhes das maravilhas que água do mar faz nos cabelos cacheados e nas almas inquietas. De como foi delicioso nadar nua nas calmas águas azuis do pacífico com um par de americanas, outro de norueguesas, uma irlandesa, uma bermudenha, uma haitiana e uma chinesa. Do quanto necessitava passar o dia fora...
75 dias me separam da minha formatura. Mais do que nunca o sentimento geral no campus é de I wanna be there, "eu quero estar lá"; já não aguentamos mais estar presos ao mesmo tempo que não queremos ir embora. Eu quero estar lá, mas o advérbio de lugar lá é tão inexato que pode ser qualquer lugar.
All in all, o dia foi belo. Estou ligeiramente queimada, me dói um pouco o corpo por nadar o dia todo e me sinto mais do que leve. Lhes deixo para tomar uma Imperial no Amigos com as meninas. Porque amanhã começa uma maratona de duas semanas da qual espero forte sair ilesa. Me desejem sorte na vida.
sexta-feira, 11 de março de 2011
Perigo!
Excesso de possibilidades causa stress, confusão e aumenta o risco de tomar decisões impulsivas com consequencias catastróficas.
quinta-feira, 10 de março de 2011
número 200.
Hoje é o décimo dia do mês de março de 2011. Há várias razões para que este seja um dia atípico. Primeiramente porque nasci em uma quinta-feira e desde este momento, boas coisas acontecem neste dia. Sem auto-centrismo nem nada; é que as vibrações do quinto dia da semana são benignas. Além de que minhas aulas começam às 10:10 am e já é quase fim de semana. Em segundo lugar, porque faz exatamente 2 meses desde a última vez que vi Ben, e pensar nele, em nós me faz ter consciência de que tudo é tão fucked up (e não há outra palavra que exprima com tal precisão) quando se trata de relações internacionais. E eu não me refiro ao curso, mas à criação de laços intercontinentais cuja única esperança de funcionar é uma boa conexão de internet. Além disso, é aniversário de uma das minhas melhores amigas, Dani (Israel), e as celebrações já começaram.
Esta é a ducentésima entrada que escrevo neste blog. Duzentos posts atrás, havia usado avião como meio de transporte uma vez na vida e não tinha nem idéia de quantos outros estaria por tomar - ou perder. Duzentos posts atrás, havia vivido toda uma vida num apartamento no final da Asa Norte cujas grades nas janelas me impediam de tirar fotos que refletissem com precisão a beleza de tirar o fôlego dos pôres do sol brasilienses. Duzentos posts atrás eu pensava que era a maior das loucuras ir morar em outro país e que esta seria uma experiência singular em minha vida.
Duzentos posts depois, tenho histórias de aeroporto para fazer um par de livros; ainda vivo sob grades, mas estas só me impedem de voltar tarde da noite - e, vez ou outra, de respirar; tenho certeza de que o que mais faz sentido na vida é errar, perder-se por aí, mudar de direção.
Duzentos posts, 562 dias e quase dois anos de UWCCR depois, ainda sou eu. Temperada com um pouco mais de latinidade e um toque de europa. Capaz de me comunicar em três línguas. Mais brasileira do que nunca. Absolutamente apaixonada pelo estado de ser extrangeira. Deslumbrada por todas as possibilidades que o futuro apresenta. Cada dia mais encantada pela vida.
terça-feira, 8 de março de 2011
não posso deixar de me apaixonar.
Estava pensando agora mesmo na enorme quantidade de pessoas à minha volta que posso dizer que são seres humanos absolutamente incríveis. São muitas, muitas... na Costa Rica, no Brasil, em Israel, na Bélgica, na Dinamarca, na Colômbia, na Malásia, na Inglaterra, espalhados pelo mundo, dentro de mim. São pessoas que entraram na minha vida de maneiras diferentes, singulares e mais do que especiais - seja sentando ao meu lado num curso preparatório para o Colégio Militar ou dividindo um quarto de albergue em Ciudad Guatemala. Por isso se tornaram parte de mim.
Comecei a pensar na tamanha sorte de ter tropeçado nestas pessoas no curso da minha vida... pensei também no quanto estaria perdendo se não tivéssemos notado nossas presenças. Então me veio um sério questionamento: serão essas realmente as melhores pessoas do mundo ou simplesmente pessoas como outras, com a diferença de que tive chance de conhecê-las mais a fundo?
A conclusão a que cheguei foi que eu amo seres humanos em demasia. Tudo bem, construímos bombas e destruímos a natureza, mentimos e traímos, fazemos guerra, estupramos, puxamos o tapete uns dos outros para chegar a uma posição mais alta... causamos danos (às vezes irreversíveis) a outras pessoas. Porém também somos capazes de dar muito amor, de ensinar, de tornarmo-nos parte de outro alguém. Somos incrivelmente ternos, ácidos na medida certa e simplesmente complexos. Como não se apaixonar por essa linda confusão?
É por isso que não consigo sair deste estado de enamoramiento. Estou sempre, sempre apaixonada e adoro sentir-me assim. Mesmo que doa vez ou outra, vale muito a pena viver de coração aberto.
segunda-feira, 7 de março de 2011
sorrow as fuel..?
Me fiz consciente do fato de que a maioria das minhas entradas neste blog são quando eu estou meio mais ou menos, ou completamente down. Talvez isso dê uma idéia errônea de como me sinto na maior parte do tempo, ou como sou. O que acontece é que minha inspiração se utiliza de tristeza, ódio e sentimentos pesados como combustível, ao mesmo tempo que lhes drena do meu corpo. Escrever e meditar são a cura para a maioria dos meus males. E por isso sinto vontade de preencher linhas e mais linhas e mais linhas sempre que preciso extravasar. Aqui vai um pedido de desculpas por isso.
domingo, 6 de março de 2011
eu sou feminista porque.
Aqui começa a semana da mulher e a preparação para os Monólogos da Vagina. Oh yeah!
quinta-feira, 3 de março de 2011
sei que tudo vai ficar bem.
Hoje não foi dos melhores dias que já vivi. Por razões diversas que quando já não estiver doendo prometo que contarei. Estou com uma puta dor de cabeça, indo dormir assim cedo, pra que o dia acabe. Só queria dizer pra papai não se preocupar com meu pranto no Skype, porque tua filha anda bem sim, prometo. Ao irmãozinho que é triste que a vida nos ande judiando ao ponto de não conseguirmos nem conversar direito de tão cansados. À mamãe, que melhore. À cunhadinha mala que receber tua carta foi como ver um arco-íris depois de um dia completamente cinza de tempestade. Ao No que eu sabia que um dia ou outro receberia sua resposta e foi ótimo que tenha sido hoje. To Elena, my love, that every message of yours is like one of our walks to the hill.
E que eu sei que tudo vai ficar bem. Tudo sempre fica bem.
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