Estava pensando agora mesmo na enorme quantidade de pessoas à minha volta que posso dizer que são seres humanos absolutamente incríveis. São muitas, muitas... na Costa Rica, no Brasil, em Israel, na Bélgica, na Dinamarca, na Colômbia, na Malásia, na Inglaterra, espalhados pelo mundo, dentro de mim. São pessoas que entraram na minha vida de maneiras diferentes, singulares e mais do que especiais - seja sentando ao meu lado num curso preparatório para o Colégio Militar ou dividindo um quarto de albergue em Ciudad Guatemala. Por isso se tornaram parte de mim.
Comecei a pensar na tamanha sorte de ter tropeçado nestas pessoas no curso da minha vida... pensei também no quanto estaria perdendo se não tivéssemos notado nossas presenças. Então me veio um sério questionamento: serão essas realmente as melhores pessoas do mundo ou simplesmente pessoas como outras, com a diferença de que tive chance de conhecê-las mais a fundo?
A conclusão a que cheguei foi que eu amo seres humanos em demasia. Tudo bem, construímos bombas e destruímos a natureza, mentimos e traímos, fazemos guerra, estupramos, puxamos o tapete uns dos outros para chegar a uma posição mais alta... causamos danos (às vezes irreversíveis) a outras pessoas. Porém também somos capazes de dar muito amor, de ensinar, de tornarmo-nos parte de outro alguém. Somos incrivelmente ternos, ácidos na medida certa e simplesmente complexos. Como não se apaixonar por essa linda confusão?
É por isso que não consigo sair deste estado de enamoramiento. Estou sempre, sempre apaixonada e adoro sentir-me assim. Mesmo que doa vez ou outra, vale muito a pena viver de coração aberto.
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