Que mesmo num dos momentos mais importantes da minha vida acadêmica me pego sonhando acordada ou escrevendo para você. Escrevendo você. Descrevendo-lhe em cada mínimo detalhe que minha má memória me permitiu guardar... Acabando por publicar em lugares indevidos as minúcias de nós dois.
O problema é um só: meu coração não para quieto um segundo que seja. Acelera, acelera, não atinge por pouco a velocidade da luz. Se debate dentro de mim até quase me abrir o peito e deixar-me assim, sem proteção. E eu, pobre de mim!, que posso fazer com um coração tão abobado?
Nada faço, nada farei. Deixo-lhe assim, sem tranca, arriscando nocivamente que um aventureiro tome posse dele e faça de mim cativa de seus caprichos. E assim caminho, dando pedacinhos de coração a quem me encante, sonhando em horas inapropriadas e alimentando-me de paixão. Vivo assim, dando amor até que baste, me afogando em desejo e morrendo de sede no deserto da desilusão.
(Escrito ao som de Zero to Love.)
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