domingo, 4 de julho de 2010

de aquel amor de música ligera; nada nos libra, nada más queda.

hoje meu amigo chileno publicou no Facebook fotos de uma viagem que fizemos a uma praia no Caribe, Puerto Viejo, em outubro. olhei uma a uma, tentando lembrar de detalhes de nossa estada nesse lugar e em tudo o que havia passado depois disso.
eu tinha um dread no cabelo e estava alguns quilos mais gorda - sabe como é, homesickness plus leche condensada é sempre uma boa pedida. Lotta e Marie não eram mais que minhas colegas de residência. ainda não estava completamente confortável no colégio e me sentia muitas vezes meio outkast. estava prestes a me apaixonar loucamente por alguém que estava nessa tal viagem e nem tinha idéia de que isso aconteceria. não havia começado a ter aulas de Artes Visuais. ainda me via fazendo Sociologia na UnB e virando uma diplomata capaz de pagar por scarpins e peep toes Christian Louboutin. não falava espanhol em público.
foram dias muito engraçados estes que passamos fora do colégio pela primeira vez. dias de nadar nus no mar, de dançar até não poder mais e sair de uma boate a outra, de ver outros lados de quem julgávamos conhecer bem, de relembrar como é divertido conhecer pessoas com as quais você não irá conviver, de trabalho em equipe... mas este último só uma certa paraguaia entenderia.
o mais interessante de esa gira fue que percebemos pela primeira que viver em comunidade é mais hardcore do que se pode imaginar de fora. descobrimos que a pior praga de um campus não é piolho e sim fofoca. e o mais relevante fato revelado: nossa geração se bastava e não sofreríamos tanto ao fim deste ano.

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