terça-feira, 29 de dezembro de 2009

uma semana.

Estou a uma semana de voltar para a Costa Rica e sinto que há tanta coisa que gostaria de ter feito, que gostaria de fazer, mas não sei se será possível, tanta gente que queria muito ver... Simplesmente tanto! Sabe, depois de passar uma noite hiper deliciosa na minha tapiocaria preferida - com gente que eu amo demasiadamente - e mais um par de horas ao telefone com a pessoa que mais me conhece, certas coisas se esclareceram na minha cabeça;
  1. UWCCR não é minha casa, pero aqui no es tampoco. Não posso pensar que um lugar que me abrigará somente por dois anos pode ser chamado de casa, mas um lugar onde só passarei os meses de férias também não pode ser home.
  2. Isso já me havia sido dito por três segundos anos deveras importantes para mim, Elena, Vicky e Lucas: as pessoas que conheci no UWC não são mais interessantes ou inteligentes que as pessoas com as quais convivia aqui. E agora é por minha conta: atribuo o fato de ter me ligado tão fortemente em tão pouco tempo com quem tenho tal ligação lá a uma questão de necessidade. Estar n'um lugar desconhecido sem família, sem amigos de longa data, sem pessoas nas quais você sabe que pode por a mão no fogo e sabe que não vai sair queimado... ah, isso dá uma puta insegurança! Então você se apega ao máximo ao que encontra. Também não acho que as pessoas que conheci (e as que ainda estou para conhecer) sejam ruins... aprendo cada dia mais com elas, com nossas diferenças e até com certos atritos.
  3. O ponto principal é que este é um momento de transição. E esta pequena constatação diz mais do que eu poderia explanar nessas poucas linhas que me permitem escrever.

E o pior de ser homeless e homeful ao mesmo tempo é que estou constantemente dizendo adeus. Tchau casa, bye UWCCR, tchau Brasília, ciao Costa Rica... Que ciclo mais cruel! Mas, bem... o ponto deste post é só dizer que já sinto saudades de estar com meus amores. De hablar portugues todo el tiempo y no tener que pensar si lo que dije hace poco fue entendido. Of speaking more with silence than with words, even on the phone. Do gostinho da vida que vivi outrora e pude provar nestes dias que passei aqui.

E isto foi escrito ao som da trilha sonora de 500 Days of Summer, em especial de The Smiths - There is a Light That Never Goes Out;

Take me out tonight,where there's music and there's people who are young and alive. Driving in your car... I never, never want to go home because I haven't got one anymore.

Um comentário:

  1. 500 Days of Summer é realmente um ótimo filme;
    A trilha sonora também é foda.

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