segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Bom dia, Bob Dylan!

Acordei com um bom humor ímpar.
Deixei o snooze tocar até 6:40 am, peguei meu iPod e ao invés de colocar minha waking up music - Like a G6! - decidi colocar algo novo. Bob Dylan foi o escolhido. E que bela escolha!
Tive um dos cafés da manhã mais chill dos últimos tempos, fui tranquila pra aula de Inglês...
Já lhes contei do quanto gosto dessa classe? Primeiro pela professora nova, Lindsay. Se no início ela era aquela típica inglesa obcecada com pontualidade e absolutamente rude, agora já é amiga. Enfim... a aula foi linda. Depois tive Antropología, e já nem me molesta (assim de diz em português?) que o Abner zombe do meu espanhol ou do fato de que nós queremos aplicar a universidades gringas. Já deu de estressar com ele. Aliás, amo cada dia mais minha classe de Antropología Social y Cultural, os Etoros, que me proporcionam almoços divertidíssimos.
E aí, ToK - Teoria do Conhecimento. Não faço segredo do meu desgosto pelo professor dessa matéria que tem tanto potencial... então o que fiz foi tomar este tempo para escutar mais Bob Dylan, comer chocolate e escrever.
E o dia está sendo lindo.

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

vai ficar tudo bem.

Então, ontem recebi o tal e-mail do Greg e fiquei freaked out completamente. Depois ainda rolou um stress por causa de Matemática (sempre Mate, pode?!) e, outra vez, freaked out. Quando pensava que o dia terminaria terrível, encontro meus amores de Israel e Espanha, Dani e Amalia. E decidi me dar um break de toda essa loucura acadêmica. Mesmo com um rationale e 2nd draft da EE para entregar nessa sexta-feira. Dá igual. Compramos umas coisinhas e fizemos pizzas caseiras para comemorar o aniversário da Dido (Galícia). Foi outro dos lindos aniversários de novembro.
Saímos depois e o que aconteceu foi que acabei numa mesa, outra vez com Israel e Espanha, discutindo os efeitos negativos da interação que tivemos/temos com homens que gostam de jogar. Eso ha pasado muy a menudo en estes últimos días.
Quando voltamos ao colégio, imaginando que iríamos trabalhar e dormir, algo surgiu: Tim Tam Slam.
Essa é uma tradição que começou com um australiano, passou por uma israelita e agora está com um mexicano. Tim Tam Slam é uma coisa muito simples, mas que vai se tornando mais e mais importante cada vez que acontece. É um dos bonding times mais lindos que temos no UWCCR. Só o que digo é que envolve chocolate e muito amor :)
Foi a primeira vez que eu slammed, e compartilhei esse momento com Klaudia (Áustria) e Karoliina (Estônia).
E ao encostar minha cabeça no travesseiro antes de dormi, pensei: sabe o que? Vai ficar tudo bem. Está tudo bem...
Vivo num lugar lindo, que me surpreende a cada dia, e a vida me parece doce de viver.
Está tudo bem.
E vai ficar tudo bem.

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

eu tô vivendo pra isso.

Engraçado como um e-mail pode mudar drasticamente o humor de uma pessoa.
O dia amanheceu ensolarado e lindo. Um pássaro belíssimo entrou no refeitório enquanto eu tomava café da manhã. Matemática não me pareceu um bicho de sete cabeças quando resolvia os exercícios de lógica enquanto lavava minhas roupas.
Volto pra sala de estudos, checo meus e-mails e lá está: nosso university counselor mandou uma mensagem nos falando quantos pontos do IB pedem as universidades nas quais podemos conseguir uma das bolsas do Shelby Davis.
E lá está: Barnard, 38+.
E aqui estou: 35.
3 putos pontos podem me impedir de ir pra universidade dos meus sonhos. How stupid is that?

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

it's the good times and the bad times that we had.

Ele acaba de ir embora depois de passar as últimas três horas comigo. Depois de irmos ao telhado para ver a lua, que finalmente decidiu aparecer no céu tico depois de noites e noites sem estrelas, tomarmos chá na sala de El Coco encarando-nos sem saber o que era a coisa certa a dizer em tal momento para fazer as coisas menos awkward e falarmos demais, até demais. Depois de dizer que sou a única pessoa do mundo capaz de mantê-lo acordado até tão tarde da noite sem que sinta sono.
Ele foi embora me deixando sozinha para escutar uma música, e eu sei que foi vingança por eu tê-lo enviado duas músicas que para mim diziam tudo sobre nós depois do fim. Foi embora depois de me colocar para escutar Entre Remolinos, que diz exatamente o que fomos um para o outro: fuimos casi nada y todo de una sola vez. Manipulador de merda. Sabia que o fato de me ter tocado o cabelo desse jeito enquanto passava a tal música me faria pensar over and over and...
Se agora, quase três da manhã de uma segunda-feira na qual tenho aula às sete, não tenho a mínima vontade de dormir, a culpa é de uma puta música do The Cardigans e da minha falta de equilíbrio emocional durante o ano passado.
E sabe de uma coisa?
Eu não me arrependo de você...
Mesmo assim, ainda me pergunto se a vida seria mais leve sem a presença tão... presente de um passado do qual não sinto muitas saudade. E se essa presença ainda tem algum poder sobre mim é só um: fazer-me sentir que I need some fine wine. And he... he needs to be nicer.

sábado, 13 de novembro de 2010

I need some fine wine and you, you need to be nicer.

São 4:39 pm na Costa Rica. Me encontro na cidade de Santa Ana, sentada na cama que me pertence por alguns meses mais, em um quarto que compartilho com uma francesa e uma estadounidense numa residência feminina com nome de praia, El Coco. Tenho como trilha sonora a música que dá nome a este post, I Need Some Fine Wine And You, You Need To Be Nicer.
Hoje eu acordei doendo. Não por ressaca nem por doença. Acordei doendo de um jeito que não posso explicar de outra forma que não um incômodo profundo que me desce garganta abaixo e desemboca no coração - mas fico feliz que a Danielle (Israel) não entenda português para ler isso e me chamar de concept, haha. Sobre a tal dor: veio sem aviso e sem razão de ser.
Na verdade, tenho umas boas razões para estar exalando alegria.
Em relação ao acadêmico, as coisas estão mais tranquilas agora. Acabou ontem o primeiro trimestre, e já que não há provas só vou focar em EE, world lit, orales de Español. Tanto o SAT quanto o Toefl me pareceram mais fáceis do que eu pensava, o que até me reavivou a esperança de entrar em alguma universidade que realmente me interesse. E eu vejo chance de ter umas predicteds até decentes - seriam bem melhores se eu não fosse um ser humano tão preguiçoso e procrastinador(?).
Quanto ao social, novembro é o mês mais cheio de aniversários do mundo. Por conta disso passei duas das noites mais lindas da minha vida UWC, comendo em Cabo Blanco - uma ex-residência que serve agora de escritório para o staff e espaço social para alunos - à luz de velas com gente que me faz muito bem. Também passei duas madrugadas conversando com primeiros anos que normalmente não passam tempo comigo, o que até me faz repensar meus sentimentos sobre essa geração. Además do fato de ter aprendido mil coisas sobre Índia, física e filosofia numa noite e como perfumes podem ativar diferentes áreas do cérebro, política sulamericana e Colômbia - e sempre é bom saber um pouquinho mais =) E em três fins de semana seguidos houve festas no campus, o que faz com que as pessoas fiquem por aqui. É a coisa mais bonita ver todo mundo dançando junto, desde os chinitos inocentes até os africanos fogosos.
Mesmo assim acordei meio estranha.
Sem razão e sem porque.
Estranha.
Por quê?

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

sem título.

Depois de duas semanas de cão, ficou tudo bem. Já não estou mais doente, e pra quem interessa, a resposta é "sim, sucumbi às drogas". Explicação breve: eu não tomo remédios, acredito mesmo que o corpo consegue se curar da maioria das coisas sem auxílios externos e me parece terrível a ideia de me intoxicar com antibióticos por causa de uma garganta inflamada. É, contraditório vindo de alguém que já gastou uns bons reais, dólares e collones em álcool e tabaco, mas aqui vai outra informação: não ponho um cigarro na boca desde que voltei de Puerto Viejo, onde tive um momento (ébrio) de iluminação enquanto conversava com um israelita e uma espanhola deitada em areias caribenhas de madrugada. Quanto ao álcool, dá-me mais umas sessões com Maria Hon e paro de vez... sobre ela, falo em outro post. Voltando ao assunto principal, tomei os remédios que a enfermeira passou e melhorei.
Com tal melhora veio um pouquinho da minha força de volta e estou em outro nível da minha montanha russa emocional: aversão à relações humanas e devoção aos livros. Me encontro um ser humano antissocial que passa o dia estudando no quarto. O que é simplesmente a melhor coisa que me poderia acontecer à vésperas de TOEFL e SAT's.
Esse será um fim de semana bem atípico: sexta-feira me testarão o inglês, do qual sempre fui orgulhosa ao contar que aprendi sozinha. E só o que consigo pensar é "qual é a regra do in e on mesmo?"
No sábado me testarão inglês e matemática. O sistema de SAT me lembra o de vestibular do Brasil, que eu considero estúpido por demais. É uma prova de três horas onde cai tudo de tudo.
Enfim... são meia noite agora e vou dormir. Preciso.
Me mandem energias positivas, por favor.
PS.: relendo esse post percebi que passei de um assunto a outro de forma deveras aleatória... que feio.

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

and it feels like me in a good day.

Semana passada foi North American, Caribbean and Bermudan Week. Eles não tiveram tanto tempo para preparar as coisas propriamente, então não foi tão poderosa quanto a semana européia ou a legendária ¡Semana Sudaca!, mas foi divertido.
Começaram a semana simulando uma segregação, colocando-nos em filas separadas por "white only" e "couloured", e recebendo tratamento diferenciado. Obviamente causou um rendez vous do tamanho que eles queriam. O objetivo é causar barulho o bastante para que as pessoas apareçam na discussão e tenham um aprendizado mais efetivo do que somente escutar uma palestra dada por um ser humano senil que nos faria dormir depois de dois minutos.
Durante a semana houve diversas atividades: dia mexicano, workshop de dança e cultura caribenha, discussões de problemas que atingem todos esses países em comum - como homofobia - entre outros eventos.
Sexta-feira foi o show, cujos pontos que merecem ser citados são o vídeo hilário de puro
nacionalismo canadense mostrado pela Cello, as remexidas de cadeiras haitianas de Rudie e Samantha e os primeiros aninhos americanos Amy (minha buddy) e Evan [pic above], em seu tributo ao Daft Punk que arrancou suspiros de toda a massa feminina do colégio.
Sábado, pra terminar com chave de ouro, foi o Jazz Dinner, onde todos deveriam ir vestidos de algum personagem importante para Canadá, US, México, Caribe ou Bermudas. O cool dessa parte nas semanas regionais é que sempre se descobre um pouquinho mais sobre esses países de uma forma não didática ou cibernética.
Por exemplo, eu jantei ao lado de um Donald Trump e uma Marilyn Monroe israelitas e uma Lucille Ball norueguesa. Eu fui Angela Davis, uma ativista política com muita influência nos anos '60 e '70 nos EUA.
Depois foi o carnaval caribenho, que não é nada parecido com essa coisa sambódromo ao qual estamos acostumados. Consiste em se enfeitar com colares e máscaras, jogar muita tinta colorida pelo corpo todo e dançar usando praticamente apenas o quadril. Foi uma noite deveras interessante e só acabou com o nascer do sol.
Foi uma semana deveras interessante e só acabou quando eu finalmente coloquei um ponto final - mas disso falarei em outro momento...