Estávamos no meu quarto eu e Maria Alejandra (Colombia) assistindo Annie Hall, uma obra prima de Woody Allen. Nos perdíamos nas ruas belas da Nova Iorque de 1977 e nas teias sentimentais de Alvy Singer. E assim, quando nos encontrávamos umas milhas longe da Costa Rica foi que a natureza nos despertou.
Começou de leve, as janelas balançando. Isso acontece vez ou outra, sem grilo. Mas continuou e ficou mais forte. As garrafas na prateleira em cima da minha cama se debatiam uma na outra. O relógio da sala caiu no chão e partiu-se em destroços de tempo. O barulho emitido pela violência das janelas tremendo era como um brado de guerra, um "Avante Camaradas" nos gritando para sair de casa.
Ainda tive tempo de pensar em colocar o espelho na cama da Lucy (US) para evitar estragos maiores. Saímos correndo pro quadrado no meio das residências, onde já muita gente se encontrava. Uns meio desnudados, outros com cara de sono e ainda sem entender o que tinha acabado de acontecer.
Foi assim o terremoto de 6.0 que nos acometeu nesta sexta-feira que, por acaso ou não, é 13.
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