O livrinho vermelho que costumava levar comigo para todos os lados se acabou neste sábado. O supracitado diário esteve comigo desde meu aniversário de 19 anos, no dia 5 de dezembro de 2010, quando subi uma montanha para meditar. Desde então, ele esteve em 6 países diferentes, mas nunca no que nasci.
Nasceu e viveu na Costa Rica, mas viajou por quase toda a América Central. Viu os templos Mayas na Guatemala, os contrastes gritantes de El Salvador, os rios secos nas estradas de Honduras e as maravilhas escondidas da Nicarágua. Passou o fim de semana mais frio de sua (e de minha) vida nos Estados Unidos.
Se pudesse falar, contaria histórias das mais diversas. De perder-se em ruas desconhecidas, de desencontros e reencontros, de um par de crushes, de passar horas em ônibus dos mais diversos, de estações de trem. Falaria de poesia, minha e de outros, e de música. De saudade, de engolir um sapo ou dois, de querer ir embora e decidir ficar. Se pudesse falar, não faria sentido. Seus pensamentos se confundiriam a cada três dias, duas semanas, imagina então um mês!
Este diário viveu muito mais nestes cinco meses do que muita gente já viveu em uma vida. E agora ele dá passagem a um caderno azul com corações rosas colados nas extremidades, presente de minha soul sister israelita. E este vai experienciar os últimos dias, a dor de partir, a viagem com as amigas, a chegada no Brasil e... well... deixemos o futuro para o futuro, certo?
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