domingo, 17 de janeiro de 2010
sem o amargo não seria tão doce.
Sabe, uma das minhas coisas preferidas na vida é que ela sempre guarda algo de bom p'ra quando mais precisamos de um up. Este final de semana, por exemplo, foi perfeito. Não aconteceram coisas extremamente significantes, mas passei momentos muito lindos que me fizeram extremamente feliz.
Depois da sexta-feira tranquila, tive um sábado bem agitado; limpeza do quarto, duas horas de ensaio para o Haflas - um evento de dança do ventre que a Susan (Equador) 'tá organizando, ida à Escazú para resolver minha vida com relação ao puto do piercing que decidiu inflamar, festa Black & White e aniversário da Linnéa (Suécia).
Depois de me acabar de dançar loucamente, fui ao estúdio onde furei meus piercings e o veredito foi: a argola tem que ir :( Conversei um tempão com o tatuador, Ron, um gringo que quer ir ao Brasil. Vimos o Brasil no Google Maps e eu mostrei as melhores praias p'ra ele se organizar... o cara tá pensando e mudar p'ra lá - momento awkward: me referir ao meu país como "lá". Uma coisa que ele me disse foi que normalmente as pessoas não se referem ao próprio país do jeito que eu fiz. Quando nos conhecemos há uns dias atrás e lhe disse minha nacionalidade, ele perguntou "and how's Brazil?", ao que respondi "amazing..!". A culpa disso deve ser o fato de eu estar em terra estrangeira como "representante" brasileira. Penso que assimilei uma atitude de defender, até de amar mais meu país. Juro que não foi forçado, simplesmente aconteceu. Sempre há o perigo de acontecer o oposto; depois de ver a riqueza de outros países - não monetária, mas cultural e até humana - a pessoa simplesmente não quer mais saber de "casa". E isso eu vi nos muitos aviões pelos quais passei até chegar aqui. Essa é uma experiência gostosa: conversar com pessoas no avião. Acho que só a aura de estar saindo de um lugar p'ra outro as torna mais interessantes.
De volta ao cole... na cafeteria estava rolando a festa B&W organizada pelo Lucas. Foi muito divertida, com músicas ótimas e decoração hiper bem-feita. Dancei horrores, mas tive que voltar mais cedo p'ra arrumar a study room upstairs pro aniversário da Linnéa. Colocamos velas, incenso, sacos de dormir...
À meia noite, Gonzalo (Venezuela) a trouxe, cantamos parabéns, brindamos com champagne de Bordeaux, comemos home made chocolate cake e as sobras da noite passada. Foi o aniversário mais íntimo que fizemos... só um grupo de pessoas queridas conversando, ouvindo música e se divertindo bastante. Fui pro meu quarto number 2 às quinze pras cinco da manhã e fui acordada às dez por Dani e Linnéa.
Hoje tivemos Residence Breakfast e troca de presentes de viagem... tirei minha segundo ano, Daniele, como amiga secreta e a Sofia (Paraguai) me tirou. Comemos juntas, pasamos una mañana genial. Depois fui ao mercado de frutas tomar suco com Linnéa, Lotta (Alemanha) e Natasha (Dinamarca) e ensaio rapidinho de Chicago.
Escrevo da study room downstairs... a galega tenta terminar sua apresentação oral de espanhol, a francesa faz um poster para a semana européia sobre seu país, a panamenha estuda Math Higher, a alemã fala com seu pretendente que se encontra em terras geladas a milhares de quilômetros. 'Tá tocando Buena Vista Social Club e eu preciso ser mais eficiente.
Se alguém quiser curtir um pouquinho de latinidade: Chan Chan.
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