domingo, 26 de setembro de 2010

que ya no sé si voy o estoy de vuelta.

Abri a porta do quarto, parei em frente ao espelho e ali fiquei sorrindo como boba. Lucy levantou os olhos da tela de seu laptop e disse "O que aconteceu? Você desapareceu o dia todo!" ao que lhe respondi "Tive um dos melhores dias da minha vida UWC".
Encontrei Amália (Espanha) quando voltava de uma visita a Tortuguero e acabamos conversando por uma hora na rede antes de decidirmos comer uma sobremesa no restaurante italiano que é segunda casa do pessoal aqui do colégio, Ramiro's. Enquanto esperávamos por nossa comida, Tino (Líbano) sentou-se conosco e ali ficamos por outra hora, falando das coisas mais aleatórias que se pode imaginar.
Estas duas pessoas são umas coisas na minha vida! Ama é uma das pessoas mais incríveis que já conheci... e ela diz o mesmo de mim. Nos amamos horrores! E, mesmo assim, nunca manejamos passar tempo suficiente juntas. Então sempre que nos vemos assim, por sorte, aproveitamos muito bem a chance. Conversamos como se fôssemos as pessoas mais próximas do mundo... porque assim nos sentimos. E o Tino... bem, ele é um ser humano muito peculiar. Ele é um dos melhores amigos da Marie (França), então sempre tivemos um ligeiro contato. Porém somente este ano tivemos oportunidade de realmente conversar e nos aproximamos muito. Um domingo desses nos encontramos no Amigos e depois de um par de cuba libres ele me disse: "Passei o ano passado todo tendo uma má impressão sua e descobri agora o quanto gosto de você..."
Quando voltamos ao colégio, encontrei a Clara (Paraguai), que me procurava para irmos ao show incrível que esperamos a semana toda por - não sei se essa construção semântica faz muito ou qualquer sentido em português, perdão por isso. Fomos eu, Clarita, Elena (Bélgica), Misa (Japão/Nova Zelândia), Janne (Finlândia) e Simon (primeiro ano da Bélgica). O concerto foi no teatro do colégio onde The Ex estudava antes, Conservatorio de Castella e ele nos esperava na porta. Logo que entramos o espetáculo começou.
A primeira banda, Amarillo, Cian y Magenta, é simplesmente incrível. Suas músicas são instrumentais e deliciosas, tanto para relaxar quanto para dançar. E não foi possível assisti-los sentada; na segunda música fomos para detrás das cadeiras.
Eu estava dançando loucamente de olhos fechados quando senti alguém tocar meu braço. Era uma guria com crachá da produção. "Entiendes español?" Respondi que sim. "Eu vi que você tá dançando aqui... se quiser pode ir para o espaço perto do palco, onde aquela senhora está." A tal senhora a qual ela se referia era uma hippie gringa com quem conversamos sobre vibes e energia positiva... uma figurassa.
A segunda banda, Malpaís, conseguiu ser melhor ainda. Já os havia visto ao vivo, no início do ano passado, mas não os conhecia e não aproveitei o bastante. Desta vez foi diferente. Cantar "pero quien mal comienza mal acaba" a plenos pulmões e acompanhar todas as canções sabendo as letras fez tudo melhor. No meio da minha música preferida, chegaram Sofia (Equador), Maria Alejandra (Colômbia) e Malena (Uruguai), e foi tão lindo vê-las neste exato momento. Dançamos, gritamos e suamos até não poder mais! Nem sei que adjetivos posso usar pra descrever...
A última banda a se apresentar foi Son de Tikizia, que dizem ser o melhor grupo de salsa da Costa Rica. E não ficou por baixo... dancei da primeira à última canção sem nem parar pra descansar. By the way, descobri que o tal sangue latino também corre nas veias do primeiro aninho belgo, que foi meu dance partner até o fim da noite.
Voltamos só meninas de ônibus; eu deitada na Sofia, todo mundo tentando se recuperar de toda a ação. Compramos comida gordinha no Cachiburguer e comemos no Amigos. Quando voltávamos pro cole, começou uma chuva louca que nos deixou encharcadas. Foi o final perfeito para uma noite inesquecível.
Em dias como este me encanta estar neste país!

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