quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

[parte dois] Nicaragua e seus encantos escondidos e sua natureza e sua singularidade.

Chegamos exaustas a Nicaragua - tanto física quanto emocionalmente - e duas companheiras nos deixaram: Karla e Sofia. Na mesma noite que elas decidiram ir embora, vieram Roanna (Holanda) e Clara (Paraguai). Tivemos a noite do dia-depois-do-natal foi muito feliz, com direito a champanhe e comidinhas deliciosas que Amalia (Espanha) nos deu de presente para comermos no natal.
Partimos na manhã seguinte para o norte. Passamos por Estelí, onde fiquei por uma semana em fevereiro fazendo Clowning, e chegamos a Somoto. É uma cidadezinha daquelas que parecem que o tempo parou. Linda, linda mesmo. Escondido a uns quilômetros da cidade está uma maravilha descoberta a pouco tempo chamada Cañon de Somoto, um desfiladeiro belíssimo, que percorremos do começo ao fim, num trajeto de sete horas. Absolutamente lindo. Breathtaking. Exatamente o que precisava para aliviar as tensões que ameaçaram minha viagem.
Daí nosso destino foi Isla de Ometepe, que se situa no segundo maior lago das Américas, Cocibolca. A ilha tem dois vulcões ativos que, vez ou outra, deixam tudo cheio de cinzas. Porém, durante nossa estada aí estava tudo azul.
Uma das coisas mais belas é que se tem a impressão de estar na praia. Um, porque o vento é forte e cria ondas bem generosas. Dois, porque não se vê terra desde a ilha, de tão enorme que é o lago. O último pôr do sol de 2010 vi numa "praia", Charco Verde, e foi tão belo ver o sol descendo pela água que mereceu aplausos de todos que assistiam.
E a noite foi celebrada com fogos de artifício, rum e muita dança. Outros três integrantes se juntaram a nós; Emai (Chile), Malena (Uruguay) e sua mãe - que apesar de ter terminado a garrafa conosco se foi a dormir depois da celebração à meia-noite. E saímos pelas ruas da cidade, entrando em qualquer pedacinho de festa e dançando bem do nosso jeito... especialmente em cima de mesas. E isso foi até o amanhecer, que vi com Clara, Roanna e Maria Alejandra na sacada do albergue, único momento quando as nuvens deixam o vulcão Madera totalmente visível.
Dormimos quase nada e pegamos o ferry de volta a Rivas, logo um ônibus para uma cidade praiana chamada San Juan del Sur, onde pulamos (atrasados) as sete ondas que se deve pular no ano novo e continuamos a comemorar a chegada de 2011.
Meu último destino em Nicaragua foi Granada, também uma cidade colonial, mas bem busy e mais turística do que imaginava que seria. O albergue onde ficamos era uma casa linda de mais de 100 anos de existência, onde era possível sentir as vibrações de toda a história que tinha este lugar. Há alguns anos a casa pertencia a um general que foi presidente de Honduras e a atmosfera é hiper... hun... bem, não sei explicar. Mas que se sentia algo é certo.
Dei adeus a Nicaragua sozinha, ao meio-dia do terceiro dia do ano. A viagem de volta foi um incessante repasso da experiência, principalmente dos mais lindos. Nicaragua é um belo país ainda a ser descoberto.

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