Samantha (Haiti), Annick (Ruanda), Maud (Gana), Rudie (Haiti), Joni (CR), EU (Brasil), Jorge (CR), Jewel (Bahamas), Cesar (CR), Tiy (Trinidad e Tobago), Elena (Bélgica), Kiara (Bermudas).
Quando voltei das férias de dezembro, estava mais do que segura que queria sair da Costa Rica na Project Week, de preferência ir para o Panamá e completar a América Central no meu passaporte. Porém, quando nos foram apresentados os projetos, me apaixonei perdidamente pelo que ofereceram Ivannia (minha professora tica de espanhol), Cesar (me ex-professor de Artes Visuais) e Paula (minha supervisora de monografia), que tinha a ver com arte, cozinha e literatura. E garotas que sofreram abuso. O único contra do projeto: o abrigo está tão perto do colégio que dormiríamos aqui mesmo. Ainda assim, decidi que valia a pena fazer algo pela comunidade que me abrigou por quase dois anos. Decidi abrir mão de um novo carimbo no passaporte.
E, sinceramente, não poderia ter feito melhor. Passei dos melhores dias destes dois anos em Costa Rica, cozinhando com meninas tão especiais, fazendo artesanatos eco-friendly, oficinas de dança, conversando, contando do meu país, ouvindo de realidades tão alheias à minha, pintando o muro da parte de fora do abrigo. Segurando o choro de vez em quando... Me apaixonei perdidamente por estas meninas. E tive ainda mais certeza que serei muito feliz fazendo meu futuro minor em Gender Studies e trabalhando com a problemática da mulher.
Além disso, passei tempo com gente que nunca havia passado antes, gente incrível que vive uns poucos metros de distância de mim, mas com quem nunca tive chance de compartilhar uma refeição. É bom e ruim descobrir gente incrível tão perto do fim... mas que não falemos de fim agora.
Falemos do quanto foi difícil voltar à vida real depois de uma semana tão especial... e de como trabalho voluntário não tem nada de altruísta. Cheguei a esta conclusão quando me percebi tão feliz, leve, incrivelmente completa... É fato; serviço voluntário faz mais bem à pessoa que está fazendo do que ao que "recebe". E é triste que tantas pessoas nunca hajam experimentado do sabor incrível de fazer o bem.
Admito, estou soando boba boba. É culpa dos doces de meninas que vivem no Hogar Siembra...
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