quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Ooh, I got the blues.

Ontem bem tarde da noite estava escrevendo no diario e escutei um violao. Sai da minha residencia para saber de onde vinha e vi que quem tocava era a Barbora (Suecia), com quem tenho um historico engracadinho. Ela ia andando pelo quadrado das residencias... paramos em Montezuma. Barbora: as vezes fico confusa e gosto de tocar para ver se descomplico as coisas dentro da minha cabeca. mas acho que 'to atrapalhando todo mundo a dormir... Bethania: estava em El Coco e te ouvi. e muito bonita essa musica, voce que fez? Barbora: nao e uma musica... ainda. talvez seja um dia. gosto de pegar o violao e tocar qualquer coisa, tocar o que 'to sentindo. Bethania: e isso que voce 'ta sentindo agora? Barbora: acho que 'to me sentindo assim... Ela tocou um blues. O engracado e que, se eu tocasse violao, a unica coisa que faria sentido naquele momento era um belissimo blues com direito a meia luz e fumaca de cigarro. Terminou a musica. Bethania: obrigada pela musica. boa noite. Barbora: me diz uma coisa; como voce 'ta? Bela noite para essa pergunta, hein?! Conversamos sobre a vida em frente a Montezuma... sobre amor, sobre a confusao que e estar no cole, sobre nao nos sentirmos em casa ainda. Ela sabia do sorvete que tomei na semana passada - oh, ceus, logo ela. Rimos de nosso assunto em comum e de coisas randomicas. Voltei para a sala de estudos. Continuei a escrever no diario. Chegou na noite deste 23 de setembro. Tive uma hora intensa: o adeus ao Pequeno Principe - metafora que so a Emile entendera - e a conversa com um segundo ano tico. Eu estava sozinha perto das salas de aula pensando em futuros possiveis, pensando nos dias passados. Ele sentou ao meu lado e me vi, pela decima vez durante esta quarta-feira A, falando de amor. Nos calamos por uns momentos. Gabriel: voce nao tem ideia do quanto esta diferente. quando peguei voce no aeroporto te achei tao fragil, assustada. te vi muito triste nos outros dias, fiquei preocupado mesmo. hoje te vejo por ai, dancando samba... uau! nao e a menina que chorava o tempo todo (...) o tempo passa muito rapido aqui. e nao e so isso; veja o quao diferentes estao as pessoas. por isso lhe digo uma coisa: curta ao maximo tudo. mas pense antes de fazer qualquer coisa. nao so em voce, mas no impacto que tera na vida das pessoas ao seu redor, no que isso te trara no futuro, se te fara uma pessoa melhor (...) e de tempo ao tempo. ainda 'ta muito cedo. um mes nao e o bastante p'ra nada... Quando digo que as coisas sao ligadas por algum tipo de energia ninguem me acredita.

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