Começou com ela deitando no meu colo e me dizendo naquele espanhol safado dela: "quieres hablar después de la reunión?". Que puta manipuladora. Ela sabia que eu compartilhava com ela o desejo de não estar ali, mesmo que por razões distintas. Me levou para seu quarto e, enquanto me falava da maneira mais casual do mundo como era apenas sexo o que ela tinha com aquele guri asqueroso, pegou a bolsa vermelha que sempre a acompanhava nas noites em que a via tomar até passar da conta. Senti uma enorme vontade de fumar Marlboros rojos. Me lembrei da conversa da noite passada, entre El Coco e Malpaís, onde confessei a ele o verdadeiro motivo para eu ter parado de vez de fumar de uma vez... ele. Também me recordei de que o outro espiava pela sala de estudos, e eu esperava forte que ele estivesse se corroendo por ter me deixado. Passamos pela igreja, pela sorveteria... é pedir demais que haja one nice place to sit and talk? Aparentemente, sim. O que nos levou ao Bar às 5 e meia da tarde. Entre uma Imperial e outra a vi sem a maquiagem usual que a menina sempre leva na cara: a arrogância e o ar indiferente. Voltamos já bem tarde, e a cada passo torto em direção ao portão já sentíamos o peso de voltar à bolha. E esse lugar tem o poder de me surpreender sempre. Increíble.
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