sexta-feira, 29 de abril de 2011

O dia que eu apertei a mão de um imortal.

Devo admitir que não conhecia sua poesia com muita profundidade antes do começo desta semana. O que aconteceu foi que meu tutor nos enviou um e-mail sobre um tal festival de poesia internacional que teria como autor convidado um tal brasileiro e eu, nacionalista e meio-escritora que sou, não poderia perder.
Para não estar completamente perdida no tal evento, busquei um par de poemas, logo mais outro e outro e quando me peguei, já tinha perdido mais de hora de suposto estudo em poesia! Em poesia do homem que atualmente ocupa a cadeira número 10 na Academia Brasileira de Letras, Ledo Ivo.
E nesta última sexta-feira de abril de 2011 me pus sapatos azuis e fui ao X Festival Internacional de Poesía de Costa Rica. Obviamente foi uma das melhores experiências out of campus que tive.
Já deve ser bem claro para quem lê o blog com certa frequencia, mas para os navegantes de primeira viagem, aqui vai uma certa informação sobre quem lhes escreve: meu sonho é viver de escrever. Imagine então a emoção de ver alguém cuja obra é tão aclamada que lhe deu uma cadeira na ABL!
Tremia de cima a baixo ao caminhar em sua direção, passos lentos, interrompidos por outra gente que lhe queria cumprimentar. Até que cheguei perto, e mais perto e aí o que eu pude dizer foi, "oi, tudo bem?". Um sorriso se abriu de leve no rosto deste senhor cujas feições são tão delicadas que um se sente imediatamente seu neto no primeiro contato.
Lhe contei que era brasileira e morava na Costa Rica. Lhe contei que meu sonho era ter uma cadeira na ABL. Ele me disse que eu deveria escrever muito e muito e ter uma obra respeitável. Me desejou sorte na empreitada. Disse que quer estar vivo para me ver como companheira na Academia.
O senhor Ledo Ivo não vai se lembrar da menina mais que eufórica de cabelos desarrumados, eu sei. Mas não importa, porque eu nunca me esquecerei do dia que, milhares de quilômetros distante da terrinha, apertei a mão de um dos maiores escritores brasileiros de todos os tempos.

Nenhum comentário:

Postar um comentário